A partir de 1931, inicia a chegada dos Koutakusei como eram chamados os imigrantes formados pela KOKUSHIKAN KOUTOU TAKUSHOKU GAKKOU (Tokyo), com a abreviação KOUTAKU, instituição onde eles eram preparados, tornando-se aptos para virem ao Brasil.
Da primeira turma graduada em 1931 até a sétima turma em 1937, foram formados pela Escola Superior de Colonização do Japão, 243 alunos que deixaram o Japão e partiram para o Amazonas (Vila Amazônia/Parintins).
TURMA | ANO DE CHEGADA | ALUNOS KOUTAKUSEI | COLÔNIA MODELO DE ANDIRÁ - SETOR: |
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1ª | 1931 | 35 | Boa Esperança |
2ª | 1932 | 60 | Boa Fonte |
3ª | 1933 | 72 | Boa Fonte/Tauaquera |
4ª | 1934 | 45 | Santa Luzia |
5ª | 1935 | 14 | Doce |
6ª | 1936 | 12 | Doce |
7ª | 1937 | 5 | Tauaquera |
Total | 243 |
Os koutakuseis eram Técnólogos de Nível Superior, filhos da classe média japonesa, que se dirigiram para a Vila Amazônia/Parintins e lá enfrentaram a floresta, o clima, doenças como malária e febre amarela, além do isolamento do mundo civilizado. Chegaram a uma região que não dispunha da mínima estrutura para recebê-los, tendo que construí-las e implantá-las. A maior parte dessas construções foram adaptadas ao uso local, embora os prédios de referência mantivessem a forma de construção japonesa. A intenção era trazer 10.000 famílias para o local e, criar no meio da Amazônia um grande centro de pesquisa de cultivos tropicais.
Os primeiros koutakuseis trouxeram sementes de juta de São Paulo, onde outros imigrantes japoneses já haviam tentado seu plantio sem sucesso. Plantadas essas sementes, porém, diferente do que se haviam estudado, a juta não se desenvolveu dentro das características que haviam sido pesquisadas. Em 20 de outubro de 1933, o Koutakusei Riota Oyama encontrou dois pés de juta em seu sítio localizado na várzea, que foram desenvolvidos conforme o que havia sido estudado. No entanto, como elas estavam em uma área onde o nível da água estava muito alto, o Koutakusei Oyama precisou transplantá-las para outro local. Em função deste fato uma delas morreu. Da outra foram feitas sementeiras entre os anos de 1933 a 1936.
Em 1937, obtiveram-se as nove primeiras toneladas de juta. Tinha início a produção de uma das maiores economias do estado do Amazonas.
A Vila Amazônia em pouco tempo se torna uma referência regional, tanto pelas pesquisas ali empreendidas, quanto pela excelência de seus recursos médicos, científicos e humanos.